Poeta: Luciano Salerno
Desperta a aurora do dia, vejo o sol sobre rio a brilhar,
Com as mãos, desenho horizontes e nuvens aquareladas,
Pintando mosaicos telúricos, com o amor a transbordar,
Guardo doces lembranças, uma pura herança encantada.
Cada história que conto, de brinquedos e diversão,
São fantasias mágicas, em minha infância florescendo,
Sinto tanta alegria, o vento sopra uma linda canção,
E minha alma-querência, meu coração segue batendo.
Em barquinhos de papel, sonhos lindos a navegar,
No rio da imaginação, leito e foz são parte de mim.
Seguindo as ondas, os sorrisos povoam o ar,
Na canoa de infância, sigo uma viagem sem fim.
No balanço das lembranças, dança a simplicidade,
O doce sabor da infância, é puro, ímpar e singelo,
Como pandorgas coloridas voando em liberdade,
A canoa da infância, um tesouro tão belo.
No livro das recordações, tenho páginas a colorir,
Com tintas de alegria, pincéis de pura emoção,
Cada traço desenhado, uma história a florir,
A canoa da minha infância, uma eterna canção.
Com os pés descalços nas margens da inocência,
Construo castelos erguidos com imaginação.
Com brincadeiras soltas pela querência
A canoa da infância é lúdica embarcação.
Leito e foz, sigo remando com um sorriso maior,
No mundo de diversões com a felicidade a brilhar,
Cada brincadeira compartilhada, um laço de amor,
Na canoa da infância, a alegria sempre a navegar.
Navego entre contos e cantigas, lembrança e sabedoria,
Levo nas veias o “sangue farrapo”, num grande legado.
Na canoa da infância, a história se revela em poesia,
Sigo preservando raízes e mantendo vivo o passado!