Poeta: Moises Silveira de Menezes
Hino, Bandeira, Brasão
a trindade principal
Sob o céu da pampa grande
Simbolismo imemorial.
Essa tríade sagrada
E o gaúcho, uma legenda
Fizeram pátria a cavalo
Meio história, meio lenda.
Um Crioulo galopando
É o Rio Grande em movimento,
Antigos galpões de estância
mangrulhos aos quatro ventos.
Nossos ervais, ouro-verde
A tradição que se refaz
Chimarrão hospitaleiro
Símbolo xucro de paz.
O simbolismo gaúcho
Bem anterior aos decretos,
Desde antes, muito cedo
Um relicário de afetos.
A Bandeira é um apanágio
Brasão e Hino também
Mais que a lei com sua força
é a força do querer bem.
Erva buena, bons cavalos
Churrasco pelos galpões
Quero-quero a proteção
sentinela nos rincões
Bandeira, Hino, Brasão
Sobre a terra abençoada
Os símbolos fazem a Pátria
Nosso chão, nossa morada.
Bendita Chama Crioula
Lendário fogo de chão
Laçador é mais que um mito
Imigrante, o sangue irmão.
A Prenda acima de tudo
a palavra é mais que um trato,
Deus do Céu ! Quanta bondade,
Por ter nascido gaúcho.
Quero-quero, sentinela
e um Crioulo de procedência
é garantia pra lida
padrão de raça e querência
Macela de campo fino
cura penares e dores
e a flor Brinco de Princesa
lembra cantigas e amores.
Erva-mate nossa herança
dos guaranis boleadores
o Laçador,xucra estampa
dos guerreiros campeadores
a Chama Crioula guarda
calor de antigos fogões
Imigrante o sangue novo
Refulgindo gerações.
Tem segredos e magias
O ritual do Chimarrão
Fraternidade semeada
Passando de mão em mão.
O Churrasco retempera
Costume que se repassa
Galpão e Fogo de chão
História viva da raça.
Macela tão perfumosa
Que dos campos se levanta
Um chá pra penas e dores
Cura, faz bem e acalenta.
Brinco de Princesa, essa flor
Tão delicada e singela
Existe pra que eu me lembre
Pra sempre do jeito dela.