Poeta: Luciano Salerno
Na casinha antiga onde eu moro,
vivo uma infância cheia de encantos.
Brincadeiras mil, risos que explodem pelo ar,
No mundo imaginário de sonhos tantos…
Que é a infância pode dar!
Nas noites estreladas pelo infinito,
meu pai, com ternura, em melodias a cantar.
o toque do violão, som e bonita canção,
fazendo embalo de melodias para o luar…
para depois dormir todo o rincão.
São canções mágicas que eles me ensinam,
Sobre fadas, piratas e reinos distantes.
Vou explorando mundos sem fim,
Com minha imaginação, sou eterno(a) viajante…
Corro pelos campos em busca de aventura,
Com meus amigos, somos heróis destemidos.
Em florestas encantadas, danço com criaturas,
Ser criança é viver em sonhos coloridos.
As lendas que escuto me levam além, “Boitatá”,
“Quero-Quero”, “joão-de-barro” e do “Negrinho”.
Com coragem percorro os campos imaginários,
Com um toco de vela procurando os cavalos
Para não deixar ele sozinho!
A magia está em cada lugar da casa ou do quintal,
Onde brincadeiras ganham mais do que vida…
São cirandas, em rodas girando pra lá e pra cá.
Faço um castelo com a mesa de jantar,
Para esconder a princesa “Teiniaguá”.
Acredito em duendes que escondem tesouros,
e em sereias que encantam com suas canções.
Danço ao som do vento, livre como as folhas,
criando meu próprio universo de emoções.
Neste mundo de faz de conta,
sou eu, o(a) dono(a) da minha própria história.
Voo longe com asas de passarinho,
a imaginação é minha maior glória.
Na casinha antiga onde eu moro,
a infância é um tesouro a desvendar.
“Entre Cantigas e Fantasias” sem fim,
no meu mundo lúdico, sou livre para voar.