Poeta: Jurema Chaves

Quando o monto em meu picasso
Encilhadito a preceito
Meu chapéu com barbicacho
E um lenço em riba do peito,
E saio muito pachola
Com o laço enrodilhado
Na anca do meu Picasso!
Não perco um tiro de laço
Nos rodeios onde vou,
Represento meu avô,
Que foi exemplo, e história
Neste Rio Grande gauderio

Sou amigo, sou parceiro
E, sempre ao lado do meu pai
Gineteadas no Uruguai
Já laçei muito brasino
Pealei o próprio destino
Num grito de Sapucaí!

Herdei o sangue de tauras
Essa herança eu sustento,
Sem nunca ceder um tento
Das coisas que acredito,
Não me assusto de grito
Nem corro de tempo feio
E não tem potro sestroso
Que me tire dos arreios!

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